quinta-feira, novembro 11, 2004

A voz do dono na Tribulandia

Num painel televisivo, a velha tentação da negação da Utopia (identificando-a com os métodos dos países da ex-cortina de ferro, como se ela fosse exclusivo desses países) e a afirmação de um pragmatismo que esse sim, embora enquadrado nouta óptica racionalista de ver a sociedade, não deixa de revelar uma acomodação fácil a tanto de mau que se passa no mundo. Mas interesses cada um defende os que quer, logo que não tenha princípios ou ideais. Acabam vários por mostrar, em nome da democracia, o interesse da entrada da Turquia para a UE. Condenam, inclusivé, a atitude prudente e decente de alguns países europeus, menos seguidistas, em levantar questões à entrada daquele país. Porque carga de água terão sempre que ser os espertos da fita? A menos que um dia se tenham que pendurar na França ou na Alemanha e certamente dirão o contrário. Já não seria a primeira vez. Basta olhar para tanto adepto da massificação contrária aos nossos valores ocidentais e que agora se refastelam nas mordomias do neo-liberalismo. Os seus mestres que se cuidem: as facadas vêm quase sempre de incondicionais "amigos".

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