Vejo na TV mais um painel que versa sobre política. Os comentadores, de grande gabarito, entretêm-se a dissecar o discurso do primeiro no congresso. A análise é rebuscada mas baseia-se nos sentidos das frases e nos subentendidos das mesmas como se um político não fosse mais do que um personagem singular e jogador de palavras. O que pretendia ele dizer, que ratoeira armou a um outro, em que situação o outro fica depois do arrazoado, que coligação sobrevive a tais declarações. A nós parece-nos pouco para uma análise política. Tudo gira em torna das habilidosas verbalizações. E o que verdadeiramente interessa ao dia a dia dos cidadãos? Isso fica para os casos individuais e para o choradinho dos telejornais. Parece vivermos o tempo dos inflamados discursos do Senado romano.
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