O meu primo Joaquim disse-me, todo prazenteiro, que ia ao Cungresso. Finalmente, tinha sido eleito para ir à terra do galo e do vinho verde. Sestifeito, ia aproveitar para por o sono em dia, ver alguns importantes a quem apertaria as mãos demoradamente, procuraria ser visto junto de algum deputado e talvez lhe saísse o loto de ser entrevistado por algum jornal desportivo. Tinha estado a ensaiar para bater bem as palmas e tinha já as mãos vermelhas. Perguntou-me se eu achava que ele teria a sorte de, finalmente, arranjar emprego para o filho como coveiro da freguesia. Respondi-lhe que sim porque me parecia propícia a situação. Sorridente, afastou-se a caminho da caminheta que o transportaria mais ao garrafão e ao presunto (uma prenda qualquer para não sei quem).
Mas afinal o que seria e para que serviria um Cungresso?
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