Na Visão de hoje, numa entrevista a Vasco Pulido Valente:
"Se a realidade, sobretudo a realidade cultural fosse diferente, não estávamos como estamos.
Porquê, Não é o que costuma dizer-se...
Como é que do vazio cultural, pode sair alguma coisa? O dr. Cavaco queria que os empresários lançassem marcas; o engº Sócrates quer um «choque tecnológico» Mas como? A partir de quê? De que hiostória, de que tradições? O facto é que estamos imersos numa cultura de pobreza, para usar a palavra noutro sentido, numa cultura que valoriza a segurança e a rotina e que é hóstil à mudança, à instabilidade, à concorrência. Isto não desaparece de um dia para o outro, nem de uma geração para a outra. A ambição dos portugueses é um emprego certo de preferência no Estado, não é enriquecer. Somos funcionários, não somos empresários.
E aqueles que pretendem enriquecer (os pseudo-empresários) querem fazê-lo à custa do Estado que tanto dizem detestar...
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