É fartar vilanagem

A coisa pública na Tribulandia mais tem parecido uma quinta ou um quintal onde muito político manobra, com maior ou menor mestria, a seu belo prazer. Fazem-se ou intentam-se decretos por medida, assinam-se despachos sem poder ou sem a homologação devida, favorecem-se antigos ou futuros patrões, privatiza-se por dez reis de mel coado ou associa-se o Estado a empreendimentos onde os únicos beneficiados são os amigos privados. Tudo em nome da modernidade, da livre concorrência e da globalização. Depois os resultados estão à vista: um país cada vez mais pobre, mais pequeno e menos orgulhoso de si (tirando o bendito futebol). Promíscuos e incompetentes, pavoneiam-se nas televisões com chavões gastos, tentando iludir os parolos. E, muitas vezes, conseguem-no. Chegam até a empurrar os resultados para os porteiros dos Ministérios. Haja pachorra!