quarta-feira, agosto 11, 2004

Nascer em terra madrasta

Mês de férias de emigrantes. Anos e anos em vários sítios e capitais dessa Europa mas, na sua maioria, sem assimilarem alguma parte da maneira de viver desses locais, da sua cultura ou sem tirarem proveito de toda a oferta que por lá existe em termos culturais ou de simples divertimento. Se estão em Paris, passam décadas sem visitar o Louvre, não entram numa livraria e passam muito do seu tempo livre em locais parecidos com os da terrinha com algum estrangeirismo pelo meio. Tudo à mão de semear e desperdiçado. Cá, lá vão eles a caminho dos estádios ver as catedrais da bola, comprar a camisola dos eu jogador favorito ou o porta-chaves com a águia ou o leão. Se chove, enchem os centros comerciais como se lá não houvesse lojas e oferta mais diversificada e requintada. Assim como vão, assim regressarão para gozar as reformas. Entretanto, o suor de muitos e maus trabalhos servirão para equilibrar a balança de pagamentos. Muito elogiados( pudera), nada ou quase nada devem à sociedade que os viu nascer.

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