Público
A Decisão Mais Difícil
Por EDUARDO PRADO COELHOO FIO DO HORIZONTE
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A verdade é que bastava ter apresentado como futuro primeiro-ministro Morais Sarmento, Teresa Gouveia ou Marques Mendes (são exemplos) e o Presidente da República não hesitaria um segundo em aceitar.
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Quanto ao resto, é óbvio que o Presidente da República tem de ter em conta o seguinte aspecto: todos os argumentos que Santana Lopes venha a apresentar não eliminam a mais importante objecção. Santana Lopes devia olhar-se ao espelho e dizer: "O problema sou eu." Porque a questão essencial é esta: se uma maioria assegura estabilidade, existe associada à imagem de Santana Lopes a ideia, justa ou injusta, de que, seja qual for o cargo que ocupa, ele produz instabilidade em si mesma.
Tudo será uma questão de imagem? Vivemos num mundo virtual? O que justificaria a aceitação de uns e a não aceitação de outros? As linhas políticas da coligação não seriam as mesmas? Afinal o que são os partidos?
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