quinta-feira, julho 29, 2004

Quando a vacuidade é uma qualidade na Tribulandia

Público
Um Político de Plástico
Sócrates é telegénico como Santana e estudará melhor dos dossiers. Mas uma entrevista dada o passado fim-de-semana mostrou como a vacuidade também é uma arte de enganos

"Para conhecer o favorito à sucessão de Ferro Rodrigues é bom ler a entrevista que deu, este fim-de-semana, ao "Expresso". O que nela diz e aquilo que omite mostra, com uma crueza que até dói, como José Sócrates faz parte desta nova categoria de políticos de plástico - ou de plasticina, tais as capacidades contorcionistas - que tem como principal activo a popularidade ganha na televisão e o verbo fácil. Ou, pelo menos, aparentemente fácil, porque tudo é estudado ao pormenor, preparado com afinco, muitas vezes não para formar convicções ou tomar decisões, mas para "parecer bem"."

Não sendo o plástico reciclável, dura uma vida. Parecer bem é muito importante na nossa sociedade: basta ver o número de grandes "máquinas" por pagar. Tomar decisões não se usa: apenas promessas. Ser telegénico é meio caminho andado. Temos candidato.

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