quinta-feira, outubro 06, 2005
Palavras e discursos leva-os o vento
Houve tempos em que os discursos tentavam traduzir perante as multidões ideais ou intentos apaixonados. Emocionar a assistência. obter a aprovação do enunciado ou proposto era a recompensa para o esforço feito. Agora, os discursos são de circunstância e destinam-se a apaziguar consciências ingénuas. Falam-se termos caros a alguns e que a outros nada dizem. Quando ouvimos falar de abertura dos partidos à sociedade, de maior transparência, de apenas "alguns" deslustrarem a classe política, de correcção da corrupção que tem grassado temos a sensação que quem fala não lê jornais, não vê televisão e não lê alguns livros publicados. Sobretudo devem estar a ver mal. Mas também o que poderíamos esperar mais? Os poderes que nos colocaram nesta situação continuam a mandar e, certamente, a pressionar a face visível política. Na rua, os palavrões são mais do que muitos mas a impotência também é muita. O sistema prega a moral para o exterior, gera a sua própria imunidade e banqueteia-se.
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1 comentário:
Assino por baixo: Lince
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