Tony Blair tomou a iniciativa da cimeira europeia informal de Hampton Court para que o 25 tenham uma reflexão sobre a crise que atravessa a Europa e sobre as reformas a efectuar face à globalização. Apresdentou seis prioridades: pesquisa científica, política energética, competitividade das universidades, demografia, controlo das migrações e constituição de um fundo de globalização. Nada foi precisado quanto à articulação destas prioridades com a política orçamental. Foi criticado por diversos parlamentares, considerando alguns que ele tem sido um presidente ausente e outros que se limitou a apresentar uma shopping list repetida (de Junho). Parece que a Europa se encontra num impasse quanto à Constituição, ao orçamento e à inspiração.
Falta saber o que o governo português vai defender, tendo em linha se conta a sua cega obediência ao controlo orçamental e à sua capacidade de mexer com as leis laborais. É mais do que evidente que apenas com estes instrumentos não vai poder inverter o rumo da economia em decadência. Sem uma política geral e concertada e a aplicação de fundos em áreas estratégicas fora do betão e dos campeonatos de futebol, para já não falar da corrupção, o país não se aguentará. Esperemos que o fundo de suporte à globalização se concretize e a UE imponha regras para sua aplicação.
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