Mais um debate. Desta vez, sobre as eleições para a Câmara do Porto. Um pouco repetitivo. Muita conversa sobre o bairros sociaias que, pelos vistos dão mais votos. De períodos anteriores, uma gestão socialista que preocupada com a imagem, descurou os problemas da cidade e pôs as finanças da câmara num caos. Como resultado, Rui Rio ganhou, quase sem saber como, a presidência. Apanhou uma situação difícil e como é homem de contas e quer ser sério, descurou outros aspectos da cidade, nomeadamente o seu reanimamento económico e a sua vida cultural. A par desta sua actividade contabilística, arranjou algumas questões com o poderoso do Dragão que estava acostumado a mandar. Combateu a promiscuidade e deixou de haver presidente político no camarote da bola. A cidade continuou a sua via do empobrecimento, tendo o seu único orgulho no futebol para pouca sorte da sua cruzada. Mas muitos consideram-no honesto e não é pouco para um país que só costuma assistir a jogadas (extra-futebol).
O partido socialista, como, pelos vistos, não tinha ninguém capaz na cidade, foi a Bruxelas buscar um "mouro", ainda por cima pouco à vontade na cidade. Este vem cheio de projectos internacionais mas a malta ainda se lembra das anteriores gestões dos seus companheiros. Se perder, faz a mala e vai para Bruxelas, presumimos. Lateralmente, Rui de Sá vai servindo de contrapeso e o Bloco veio fazer folclore. Entetiveram-se a discutir os bairros sociais que são o efeito da pouca actividade económica e que são um osso duro de roer, algumas vezes parecendo sem solução. Instado a mostrar alguns casos menos transparentes da Câmara, Rui Rio (desejoso) lá lhes fez a vontade. Sendo da sua cor a mancha, Assis achou pouco ético, como se isto de andar a meter a mão no prato seja questão de somenos. Parece que Rui Rio vai ganhar. Se não aprendeu nada durante o primeiro mandato, vamos continuar a assistir a uma casa onde todos ralham e ninguém tem razão. Esperemos que, em qualquer dos casos não se continue a descaracterizar a cidade e a deixá-la como um deserto com muitas estações de metro (eles lá sabem porquê), Casas da Música e quejandos.
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