DN
Dinheiro mal gasto com António Borges
Aluís miguel viana
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Estes tópicos adquirem certa pertinência a seguir à publicação pela Sábado de uma notícia sobre o custo dos serviços de assessoria que o banco de investimento Goldman Sachs, de que António Borges é vice-presidente, prestou ao Estado português nos negócios da Galp Energia e na definição do modelo energético nacional. O negócio já rendeu ao Goldman Sachs 1,7 milhões de euros em 2004 e - apesar dE o Governo Santana Lopes ter prescindido dos seus serviços na sequência da oposição de Bruxelas à integração do gás na EDP - condições contratuais leoninas parecem garantir-lhe mais 13 milhões nos próximos 18 meses. O Goldman Sachs tem também um contrato de consultoria com a EDP, mas desse, para já, não se conhecem os montantes.
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Não vale a pena elaborar muito sobre a contradição entre a concorrência que António Borges anda a apregoar e o que ele próprio aconselha na sua actividade profissional. Mas talvez seja oportuno notar que a instituição que ele lidera empurrou o Estado português para uma solução (?) impossível, que a Comissão Europeia vetou por, justamente, ser contra o mercado. Atendendo ao que o Estado português lhe pagou para isso, o mínimo que se pode dizer é que foi dinheiro malgasto.
Assim vão os assuntos de estado na país. O que é preciso é prestar serviços mesmo sem utilidade e receber.
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