Sempre que vemos estabelecer comparações entre a produtividade no nosso país e as de outros países focando o custo de trabalho por unidade produzida, verificamos a tendência para censurar os aumentos salariais. Ora os economistas medem a produtividade da força de trabalho dividindo a produção total pelo número total de homens-horas. Partindo para o que influencia a melhoria da produtividade, verificamos:
1- Crescimento do capital humano - Por capital humano entende-se o conjunto das qualificações e conhecimentos que possui a mão-de-obra. Mesmo sendo impossível medir este capita, ele é um elemento fundamental da produtividade do trabalho.
2- Mobilidade profissional da mão-de-obra- A passagem de empregos de baixa produtividade para empregos de forte produtividade constitui um segundo factor do crescimento da produção global. Actualmente, quando o crescimento se verifica no sector dos serviços o crescimento da prudução por pessoa é menos evidente. Assim, a transferência do trabalho para o sector dos serviços significa que o PNB médio por trabalhador aumenta nos nossos dias mais lentamente que se a transferência se efectuasse em benefício da indústria ou mesmo da agricultura.
3- O crescimento da quantidade de capital- Assim, o investimento que acresce o capital por trabalhador é uma das alavancas é uma das alavancas mais eficazes para aumentar a produção por empregado. Um operário com ferramenta rudimentar produz menos do que outro que trabalhe assistido por um robot electrónico.
4- A tecnologia- A evolução tecnológica permite um incremento da produtividade.
Pensando um pouco nestes conceitos, verificamos estes factores não são necessariamente idênticos a muitos dos países europeus com que comparam os nossos trabalhadores e a responsabilidade da situação não depende deles. Não seria melhor começar a atacar os problemas estrututais que influenciam os aumentos de produtividade e sair do bem bom que só aproveita a alguns?
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