sexta-feira, abril 15, 2005

As luminárias que mandam no Porto

Leio, hoje, no "Público", a coluna de Vasco Pulido Valente, com o título "Uma casa portuguesa". Refere-se à abertura da Casa da Música no Porto e diz: "As luminárias locais esperam grandes coisas da Casa da Música. Esperam, por exemplo, que ela consiga arrancar o Porto da "sua triste estrela, da sua "mediodridade" ou da sua pouca visibilidade" e que lhe traga "prestígio", "sucesso" e "turismo". Muita gente comparou, como era inevitável (e obtuso), a Casa da Música ao Museu Guggenheim de Bilbau. Não se percebe." Diz, ainda: "Será que um edifício (Casa da Música) cria por si próprio uma vida cultural? A vida cultural é, por assim dizer, um prolongamento da construção civil?" Abstenho-me da vontade de transcrever todo o artigo que, na minha opinião, retrata bem a parolice e o atraso mental de quem se revê apenas nas dimensões de objectos em cimento. É, efectivamente, a um conjunto de luminárias, públicas e privadas, que a vida do Porto tem andado acorrentada e no pior dos caminhos, como já vimos dizendo faz tempo. Será que isto ainda tem conserto?

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