segunda-feira, abril 04, 2005

A morte de um Papa

A morte de um ser humano merece sempre respeito, sobretudo tratando-se de alguém que devotou a sua vida e as suas convicções ao serviço dos outros e da sua fé. Não vamos manifestar o que sentimos pela morte do Papa para não fazer parte de uma legião de crentes ou pseudo-crentes que, possivelmente, mais agarrados às coisas terrenas do que às matérias espirituais, entenderam por bem encher as páginas dos jornais e sobretudo as televisões com os seus arrazoados lamechas e muitas vezes com um carácter mórbido lastimável. Vão centenas ou milhares de personalidades assistir às exéquias de toda a parte do mundo. Esperemos que seja um momento de reflexão e que pensem nas crianças que morrem de fome, nos velhos que vivem e morrem na rua e naqueles que mandam para a guerra para matar outros filhos de Deus. Dirão que isto é utopia e que o mundo sempre foi assim, alguns. Poi foi e é mas não é desculpa para os pios poderosos que só nesta ocasião se transformam em sentimentais. Deus certamente não anda a dormir.

Sem comentários: