No mesmo artigo, no "Público", Miguel de Sousa Tavares, escreve ainda:
(...)
Este funesto mês de Agosto agora terminado e que deitou por terra, uma a uma, todas as ilusões e esperanças que os primeiros tempos do Governo de Sócrates tinham proporcionado, revelou de forma exuberante, que o principal problema do país hoje é o problema dos partidos políticos. Da sua falta de credibilidade, de seriedade, de sentido de Estado e de serviço público. Como a democracia é um sistema que assenta no papel decisivo dos partidos políticos, estamos a um passo de confundir a crise do Estado e das instituições com uma crise de regime. Se fosse há 30 anos, tínhamos a estrada escancarada para uma ditadura, que grande parte do país receberia de braços abertos."
Eis a verdade dura e crua da situação a que chegamos e os responsáveis por ela são ainda os protagonistas do poder, acreditando que continuarão, indefinidamente, a exercer o seu arbítrio para gozo pessoal. Vai-lhes valendo o campeonato nacional e a televisão para dourar a pírula.
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