Confessamos que ficamos estupefactos com os comentadores políticos, em serviço televisivo. Se já nos custa ver o arrazoado do prof. Marcelo, ao vermos o Vitorino e o Eduardo Prado Coelho não resistimos e mudamos de canal. E porquê? São todos do mesmo prisma afunilador: a defesa (intelectualizda) do que convém à teoria dominante do neoliberalismo e à conivência com a destruição do país. Estes, ao contrário de muitos outros, sabem o que estão a fazer. Instalados, deixaram os ideais para trás e cultivam o politicamente correcto para estar ao lado de quem manda. Analisam as questões e deixam sempre o mas ou outra expressão que leva a água ao seu moínho. Aparecem todos como sendo de esquerda ou do centro e procuram parecer que estão no campo contrário ao do interlocutor (supostamente de direita), defendendo as mesmas coisas.Assim lá vão enganando o povo. Marcelo, depois de falar da candidatura de Manuel Alegre, diz que vai falar de coisas mais sérias e, com algum rebate de consciência, corrige que a candidatura de Manuel Alegre também é séria. Vitorino, apropósito das eleições alemãs, lá vem defender as reformas necessárias, à diminuição do papel do Estado (não diz é as razões objectivas das causas dos desequilíbrios na Alemanha, nem fala da maneira como é, muitas vezes, desbaratado o dinheiro público, nem tão pouco dos aspectos negativos da globalização). Prado Coelho, modernizado de beije, vermelho e roxo, preferia o Vitorino a candidato. Está tudo dito. Estes e outros definem as candidaturas à presidência como individuais e legítimas de qualquer cidadão mas depois acham que quem não tem máquina partidária não vai lá. Mas a seguir definem os seus candidatos como independentes dos partidos. Vá-se lá entender! E têm sempre muita admiração e estima por Manuel Alegre mas entende-se que preferiam que não aparecesse. Duarte Lima até o aponta como candidato do PS! Outros que a amizade não tem a ver com a política mas esquecem-se de dizer que tem a ver com o carácter.
Por essas e por outras, preferimos os comentadores da BBC ou de prestigiadas cadeias americanas. São mais coerentes e os entrevistadores não deixam passar incongruências.
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