Os crescentes ataques aos privilégios de militares, magistrados, professores, polícias e outras profissões, têm, porventura, base em discrepâncias construídas ao longo dos tempos por diversos governos e, algumas, serão mesmo de eliminar. Mas também não nos parece menos verdade que o principal objectivo da campanha não é corrigir "injustiças" mas sim desprestigiar orgãos fundamentais de soberania do país. Sabem muito bem os que as provocam que é fácil criar invejas e que comparar regalias entre classes profissionais diferentes é um problema sem solução. Dizer, demagogicamente, aos que ganham pouco que outros são privilegiados e que vão ser apertados soa-nos a falso. Faz-nos lembrar as técnicas revolucionárias do pós 25 de Abril, onde todo aquele que não era operário e usava uma gravata era um reaccionário! Dividir para reinar! Por outro lado, já viram atacar os vencimentos dos jogadores ou treinadores de futebol?
Isolando aquelas classes que não interessam ao poder, classificando-as como corporativas, tentam fazer o povo esquecer as suas desgraças e desditas e acreditar que são "justos".
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