quarta-feira, setembro 07, 2005
Quando a imagem conta mais
Algumas vezes entramos nas catedrais do consumo, vulgo chamadas shoppings, e vamos observando o ambiente. Tudo o que são gadgets da nossa civilização, portáteis, máquinas digitais, pdas, telemóveis exercem profunda atracção sobre muito público. Julgamos estar em Paris ou Londres. Os telemóveis então são uma loucura. É frequente ver miúdas entre os 10 e 15 anos com telemóveis de 300 e mais euros! Cá fora os automóveis de luxo e os andares de condomínio fechado! Estaremos em crise? Esta uma face visível da nossa sociedade. A outra face, está nos endividamentos pessoais excessivos, nos cartões de crédito, nos cheques pré-datados, nas dívidas à segurança social e ao Estado, no excesso de importação relativamente ao que produzimos e exportamos e num tecido industrial em degradação económica e financeira. Uma onda de inconsciência colectiva inundou a Tribulandia. O futebol, a publicidade e as marcas de nome ajudam a manter o quadro. Como acordaremos desta falta de sentido de sobrevivência como país que certamente se endivida todos os dias e vive da imagem?
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