Todos aqueles que se debruçam sobre os problemas de equivalência de funções e de equilíbrio relativo de vencimentos sabem que é muito difícil encontrar uma solução que satisfaça todo o mundo. Alguém que saiba o vencimento de outro numa função similar tem tendência a não aceitar a diferença de salário. Vem isto a propósito dos recentes ataques aos "privilégios" das forças armadas e da magistratura. Como o país está em dificuldades toca de cortar regalias a classes que outros possam considerar como "injustas". Acirram-se os ânimos e desviam-se as atenções doutros problemas. Ora, a magistratura e a instituição militar, pesem os defeitos, começam a ser o alvo preferido de muitos ataques, tudo em nome de uma justiça relativa. Ninguém acirra os que gastaram mal o dinheiro do orçamento, proporcionaram grandes negociatas e encheram os bolsos. Isso parece que nem aconteceu.
Paga o povo em geral o esbanjamento e chegou a hora de tentar desprestigiar intituições que no meio da balbúrdia geral ainda conservam dignidade. E porquê? Será que se pretende na estrutura de poder apenas o dinheiro dos poderosos? Assim tudo será mais fácil, mesmo a perda da identidade nacional porque essa não dá lucros. E, como sabemos, o dinheiro não tem pátria.
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