Lemos no "Le Monde" que Lionel Jospin no seu livro "Le monde comme je le vois", Gallimard, denuncia uma nova casta dominante, uma nova aristocracia que surge de uma aliança implícita entre os grandes dirigentes de empresa, os altos quadros da indústria e dos serviços, certos funcionários de Estado e os privilegiados dos media. Este grupo, escreve ele, exorta a outras categorias sociais a fazer sacrifícios, em nome da competição mundial ou do equilíbrio da economia mas não faz nenhum esforço próprio nem concebe tal hiipótese. "A burguesia antiga era patriota, algumas vezes nacionalista, e em todo o caso em França, proteccionista. A nova casta vê-se internacional, ou transnacional. A economia nacional não é a sua referência natural. Ela abraça pelo contrário o universo da globalização capitalista onde encontra a sua justificação de existir e das suas exigências."
Ao olharmos para o panorama nacional parece-nos que anda muita gente, neste país, a imitar os franceses. Na verdade, os sacrifícios só são pedidos aos que menos têm, os privilégios cada vez são maiores e as diferenças também e tudo em nome da salvação nacional. Alguns, já muito engordados (também pela corrupção) vêm agora clamar equidades duvidosas.
Estaremos a caminho de novas formações feudais, não em castelos mas em condomínios de alto luxo, tudo à custa dos parolos?
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