terça-feira, novembro 08, 2005

Ordem e harmonia quanto baste para simplificar

De manhã, os foruns da TSF são bastante elucidativos sobre as diversas preparações culturais existentes neste país. Hoje, mais uma vez, os distúrbios de Paris. Ouvimos algumas opiniões sensatas vindas de um empresário, outras de pró-forma de uma autarca e uma que nos deixou elucidado, pelo simplismo e primarismo da análise. Tratava-se de um desempregado jovem que achava que quem não quer trabalhar (os de Paris) merece ser tratado como escumalha. Perante um acolhimento cinco estrelas, deviam dar-se por felizes. Novamente, o argumento da ordem e segurança que tanto apraz a cérebros infantis. Por estranho que pareça, um empresário andou muito mais perto das causas múltiplas do fenómeno. Mas ontem à noite, o cardeal de Lisboa não foi muito mais feliz ao dizer que temia, que achava natural a necessidade do uso da força para manter a harmonia! Mas de que harmonia estamos a falar? Dos Champs Elisées? Dos bairros chiques de Paris? Ou da harmonia que existe neste país entre os herdados da terra e não do céu?

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