quarta-feira, agosto 31, 2005

Teria piada se não fosse trágico

Um dos momentos mais divertidos da televisão é, sem dúvida, o das mesas com comentadores políticos. Morenaços, gravatinhas quase iguais, ar próspero, lá vêm eles usufruir da única liberdade que resta: a do palavreado. A propósito de candidatos à presidência, esquecendo-se sempre do que eles fizeram no passado (a memória é curta, como convém) tecem diversas considerações de joguinhos de bastidores que nada têm a ver com a vida dos cidadãos. Arregimentados, o que é fácil de notar, lá defendem a dama que os deixa cheirar os labirintos do poder. Depois de um militar cinzento e inóquo,um marajá e um choramingas e lamechas parece que vamos ter um adequado aos tempos que correm: um coveiro. Unidos nas palavras e desunidos na realidade, beneficiados do regime e desempregados vão dar as mãos. E esta situação quem a criou? Há anos que são muitos os responsáveis, se a palavra tivesse conteúdo no contexto, mas o tempo tudo lava e aí estão eles mais brancos do que o cavaleiro andante.

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