quarta-feira, agosto 31, 2005
Teria piada se não fosse trágico
Um dos momentos mais divertidos da televisão é, sem dúvida, o das mesas com comentadores políticos. Morenaços, gravatinhas quase iguais, ar próspero, lá vêm eles usufruir da única liberdade que resta: a do palavreado. A propósito de candidatos à presidência, esquecendo-se sempre do que eles fizeram no passado (a memória é curta, como convém) tecem diversas considerações de joguinhos de bastidores que nada têm a ver com a vida dos cidadãos. Arregimentados, o que é fácil de notar, lá defendem a dama que os deixa cheirar os labirintos do poder. Depois de um militar cinzento e inóquo,um marajá e um choramingas e lamechas parece que vamos ter um adequado aos tempos que correm: um coveiro. Unidos nas palavras e desunidos na realidade, beneficiados do regime e desempregados vão dar as mãos. E esta situação quem a criou? Há anos que são muitos os responsáveis, se a palavra tivesse conteúdo no contexto, mas o tempo tudo lava e aí estão eles mais brancos do que o cavaleiro andante.
Jornal de Notícias - Suspensão de carreiras permite poupar milhões
O novo modelo de Estado Social: pagam muitos para gastarem poucos
Visão Online -
"«Face ao teor das declarações de Paulo Morais, o Ministério Público irá encetar as diligências necessárias para o apuramento da existência de factos com eventual relevância criminal», disse à Lusa o gabinete de imprensa da Procuradoria-Geral da República."
Cá ficamos à espera como São Tomás.
Cá ficamos à espera como São Tomás.
Problemas com o template
Continuamos com problemas no Internet Explorer. Vamos ver se somos capazes de solucionar o problema. Desculpas
Frases leva-as o vento
Paulo Morais-Vice-presidente da Câmara do Porto
"É fundamental avaliar os mecanismos que levam a que estes casos sejam tão comuns em Portugal".
E andará por aí alguém interessado nisso?
"É fundamental avaliar os mecanismos que levam a que estes casos sejam tão comuns em Portugal".
E andará por aí alguém interessado nisso?
Vira o disco e toca o mesmo
No JN
Alegre abdica de Belém para não dividir a Esquerda
PresidenciaisSocialista disse, em Viseu, discordar do processo e da solução de candidatura apoiada pelo PS Acusou aparelhos partidários de estarem a "atrofiar e asfixiar" a democracia.
Qual esquerda? E não é desistindo que se dá força a essa asfixia?
Alegre abdica de Belém para não dividir a Esquerda
PresidenciaisSocialista disse, em Viseu, discordar do processo e da solução de candidatura apoiada pelo PS Acusou aparelhos partidários de estarem a "atrofiar e asfixiar" a democracia.
Qual esquerda? E não é desistindo que se dá força a essa asfixia?
A forma irracional de estar no mercado
No "Público" de ontem, Adelino Furtado escreve em:
A bolha especulativa do imobiliário
(...)
"O desenvolvimento dos principais grupos económicos (Espírito Santo, Sonae, Amorim) em operações imobiliárias de grande escala, não é, portanto, um acto isolado no contexto internacional ou uma especificidade nacional que traduza apenas a ausência de expectativas estratégicas daquelas empresas para outros sectores vitais da economia. o que é especificamente português é a forma irracional do pnto de vista urbanístico, ambiental, cultural e social de muitos operadores do mercado imobiliário, que se desenvolvem na base de cenários e expectativas sem fiabilidade, e cuja incongruência se combina facilmente com a falta de capacidade política, técnica e cultural das autarquias e do governo central."
Não traduz apenas mas também a incapacidade desses grupos de competirem no mercado internacional nos domínios mais avançados da economia mundial. Se o lucro vem fácil para quê arriscar? Aliás a ameaça de relocalização não passa de mero papão para os subservientes políticos.
A bolha especulativa do imobiliário
(...)
"O desenvolvimento dos principais grupos económicos (Espírito Santo, Sonae, Amorim) em operações imobiliárias de grande escala, não é, portanto, um acto isolado no contexto internacional ou uma especificidade nacional que traduza apenas a ausência de expectativas estratégicas daquelas empresas para outros sectores vitais da economia. o que é especificamente português é a forma irracional do pnto de vista urbanístico, ambiental, cultural e social de muitos operadores do mercado imobiliário, que se desenvolvem na base de cenários e expectativas sem fiabilidade, e cuja incongruência se combina facilmente com a falta de capacidade política, técnica e cultural das autarquias e do governo central."
Não traduz apenas mas também a incapacidade desses grupos de competirem no mercado internacional nos domínios mais avançados da economia mundial. Se o lucro vem fácil para quê arriscar? Aliás a ameaça de relocalização não passa de mero papão para os subservientes políticos.
Problemas no Internet Explorer
Como alterei o template no Mozilla Firefox, parecia estar tudo, mais ou menos, bem. Mas ao verficar no Internet Explorer verifiquei que a barra de links desceu. Mais uma vez as minhas desculpas aos que por aqui passam com o Internet Explorer. Procurarei corrigir o problema amanhã que a noite já vai longa.
Mudança de template
A conselho do nosso amigo Dextro que percebe muito destas coisas da informática, resolvemos alterar o template o que nos deu uma grande trabalheira e nos deixou com o problema de a coluna dos posts ser exígua para algumas fotos e desenhos. Não conseguimos solução e avançamos mesmo assim. Perdemos os estimados comentários de muitos amigos que estavam no Haloscan e veremos se é possível recuperá-los. Esperamos que não se assustem com o nosso fraco desempenho mas a técnica não chega ao CSS. As nossas desculpas.
segunda-feira, agosto 29, 2005
Jornal de Notícias - Vendas agressivas ganham terreno
Vendas agressivas ganham terreno
Maria Cláudia Monteiro
Os esquemas usados nas "vendas agressivas" há muito que estão testados. A avaliar pelo galopante número de abordagens a que os consumidores são sujeitos, este é um negócio em expansão. Angariados através do telefone ou em contactos directos na rua, os clientes são atraídos para um local onde são convencidos a comprar algum produto ou serviço.
Tudo serve para tirar o dinheiro do bolso dos papalvos, abusando da ignorância dos consumidores.
Maria Cláudia Monteiro
Os esquemas usados nas "vendas agressivas" há muito que estão testados. A avaliar pelo galopante número de abordagens a que os consumidores são sujeitos, este é um negócio em expansão. Angariados através do telefone ou em contactos directos na rua, os clientes são atraídos para um local onde são convencidos a comprar algum produto ou serviço.
Tudo serve para tirar o dinheiro do bolso dos papalvos, abusando da ignorância dos consumidores.
domingo, agosto 28, 2005
Las ilusiones devastadas de Portugal - ELPAIS.es
Mais um artigo sobre o desgoverno deste país que vão destruindo
Passeio na Blogosfera
O JUMENTO
ALBERTO VOLTA A AMEAÇAR
Com a independência da madeira e nunca foi tão explícito quanto ao objectivo como desta vez, ao afirmar que a Madeira já estava preparada; feitos os grandes investimentos públicos e com a hegemonia política ameaçada está na hora dos independentistas oportunistas procurarem alternativas para a pedincha que os alimenta.
ALBERTO VOLTA A AMEAÇAR
Com a independência da madeira e nunca foi tão explícito quanto ao objectivo como desta vez, ao afirmar que a Madeira já estava preparada; feitos os grandes investimentos públicos e com a hegemonia política ameaçada está na hora dos independentistas oportunistas procurarem alternativas para a pedincha que os alimenta.
A lotaria democrática
O grande interesse das eleições autárquicas da Tribulandia está em saber quem vai fazer os fretes aos empreiteiros e quem vai enriquecer, rapidamente, nos próximos anos, sem acertar no Euromilhões.
Haverá problemas com asbestos na Tribulandia?
Nas andanças pelos blogs estrangeiros, acabei dando atenção a um post sobre a importância da palavra Asbestos nas procuras do Google, especialmente por advogados, relativamente a acções postas a companhias cujos trabalhadores se teriam exposto à perigosas substancias que podem provocar cancro, em especial da construção civil. Ora Asbestos é nada menos, nada mais do que o amianto que nalguns países é utilizado em diversos produtos. Aqui deixo alguma da informação encontrada para quem se interessar: ABREA- Associação Brasileira dos Expostos ao Amianto, Morte Lenta- A exposição ao amianto como causa de câncer ocupacional no Brasil, Eyeforhealth.com, e National Claim Center onde se fala de possíveis indemnizações entre 1 e 5 milhões de dólares. Se continuarem com curiosidade, façam uma busca para ver o que encontram em sites portugueses...
sábado, agosto 27, 2005
É um fartar
No "Expresso de 27-8-2005,
Milhões para privados
A Cãmara do Funchal vai atribuir a privados um megaprojecto em pleno domínio público marinho
"A Câmara Municipal do Funchal vai atribuir a uma empresa da região - dirigida por pessoas ligadas ao secretário-geral do PDS-Madeira. Jaime Ramos, e ao presidente da Assembleia Legislstiva Regional, Miguel de Sousa - a construção e exploração de um complexo turístico e urbanístico, com uma área de 128 mil metros quadrados, na zona da praia do Toco, que é considerada domínio público marinho."
Também são precisos nomes para identificar esta situação?
Milhões para privados
A Cãmara do Funchal vai atribuir a privados um megaprojecto em pleno domínio público marinho
"A Câmara Municipal do Funchal vai atribuir a uma empresa da região - dirigida por pessoas ligadas ao secretário-geral do PDS-Madeira. Jaime Ramos, e ao presidente da Assembleia Legislstiva Regional, Miguel de Sousa - a construção e exploração de um complexo turístico e urbanístico, com uma área de 128 mil metros quadrados, na zona da praia do Toco, que é considerada domínio público marinho."
Também são precisos nomes para identificar esta situação?
Um Estado em falência?
No "Expresso" de 27-8-2005, Manuel Alegre escreve:
A República em chamas
(...)
"O Estado tem obrigação de proteger as suas florestas e de não deixar arder o país. O Estado português, nestes últimos anos não tem sido capaz. Como não tem sido capaz de fazer funcionar a justiça, a educação, a segurança, a preservação do ambiente e os serviços que constituem a sua própria essência. Desleixo, incompetência, negocismo, incivismo, corrupção, sobreposição de interesses particulares, muitas vezes ilegítimos, ao interesse geral. Este é o problema número um de Portugal. Não há uma crise de identidade, há uma crise de Estado."
Como quer o autor ser aceite como candidato à presidência num ambiente destes que mais parece uma farsa teatral?
A República em chamas
(...)
"O Estado tem obrigação de proteger as suas florestas e de não deixar arder o país. O Estado português, nestes últimos anos não tem sido capaz. Como não tem sido capaz de fazer funcionar a justiça, a educação, a segurança, a preservação do ambiente e os serviços que constituem a sua própria essência. Desleixo, incompetência, negocismo, incivismo, corrupção, sobreposição de interesses particulares, muitas vezes ilegítimos, ao interesse geral. Este é o problema número um de Portugal. Não há uma crise de identidade, há uma crise de Estado."
Como quer o autor ser aceite como candidato à presidência num ambiente destes que mais parece uma farsa teatral?
Toca a enterrar quem quebra a lei do silêncio
JN
Vereador Paulo Morais vai ser ouvido já para a semana
Polémica Averiguações preliminares sobre as denúncias efectuadas pelo vice-presidente da Câmara do Porto estarão concluídas até dia 9 Oposição reclama que Rui Rio quebre o silêncio
(...)
Pedidas explicações ao PS
As denúncias de Paulo Morais continuam a criar polémica, no Porto. O BE exige que o vereador seja constituído arguido. "É tão grave o silêncio como o acto de tentar corromper", justifica João Teixeira Lopes, exortando o presidente da Câmara do Porto a dar explicações.
O dirigente do BE lança igualmente um desafio ao candidato socialista "Gostava de saber se Francisco Assis vai pedir a José Sócrates para se pronunciar, uma vez que o actual Governo também é visado".
Boa teoria do BE. Seguindo o raciocínio, os arguidos seriam aos milhares. Ainda acabaremos por ter o Paulo Morais como único arguido o que não seria de espantar.
Vereador Paulo Morais vai ser ouvido já para a semana
Polémica Averiguações preliminares sobre as denúncias efectuadas pelo vice-presidente da Câmara do Porto estarão concluídas até dia 9 Oposição reclama que Rui Rio quebre o silêncio
(...)
Pedidas explicações ao PS
As denúncias de Paulo Morais continuam a criar polémica, no Porto. O BE exige que o vereador seja constituído arguido. "É tão grave o silêncio como o acto de tentar corromper", justifica João Teixeira Lopes, exortando o presidente da Câmara do Porto a dar explicações.
O dirigente do BE lança igualmente um desafio ao candidato socialista "Gostava de saber se Francisco Assis vai pedir a José Sócrates para se pronunciar, uma vez que o actual Governo também é visado".
Boa teoria do BE. Seguindo o raciocínio, os arguidos seriam aos milhares. Ainda acabaremos por ter o Paulo Morais como único arguido o que não seria de espantar.
sexta-feira, agosto 26, 2005
A transparência do regime
Paulo Morais à Visão:
«Nas mais diversas câmaras do País há projectos imobiliários que só podem ter sido aprovados por corruptos ou atrasados mentais», declara Paulo Morais na entrevista, sem no entanto especificar a que projectos e municípios se refere.
O vereador acrescenta que «as estruturas corporativas são hoje muito mais fortes porque têm uma aparente legitimidade democrática. Se os vereadores do Urbanismo são os coveiros da democracia, os partidos são as casas mortuárias».
Tudo neste país começa a ser aparente ou aparentado.
«Nas mais diversas câmaras do País há projectos imobiliários que só podem ter sido aprovados por corruptos ou atrasados mentais», declara Paulo Morais na entrevista, sem no entanto especificar a que projectos e municípios se refere.
O vereador acrescenta que «as estruturas corporativas são hoje muito mais fortes porque têm uma aparente legitimidade democrática. Se os vereadores do Urbanismo são os coveiros da democracia, os partidos são as casas mortuárias».
Tudo neste país começa a ser aparente ou aparentado.
Poderia ser na Tribulandia
"A corrupção que envolve os funcionários de alto nível pode traduzir sérias distorções na maneira como o governo e a sociedade funcionam. O Estado paga demais por aquisições em larga escala e recebe de menos das privatizações e dos prémios das concessões. Funcionários corruptos distorcem as escolhas no sector público para gerar grandes rendimentos para si próprios e para produzir políticas ineficientes e desiguais. Os governos produzem demasiados projectos errados e gastam demais mesmo em projectos que parecem fundamentalmente necessários. A corrupção reduz os benefícios das receitas das privatizações e das atribuições das concessões. As empresas que retêm poder monopolista através do suborno e do favoritismo minam a eficiência do Estado e beneficiam da mudança das firmas estatais para o sector privado."
Corrupção e Governo
Susan Rose-Ackerman
Corrupção e Governo
Susan Rose-Ackerman
A regra de ouro do silêncio
JN
Palavras vistas à lupa
O Ministério Público vai averiguar a eventual existência de matéria com relevância criminal nas declarações do vereador do Urbanismo da Câmara Municipal do Porto, Paulo Morais, cuja entrevista à revista "Visão", publicada ontem, justificou instruções "imediatas" do secretário de Estado adjunto e da Administração Local à Inspecção-Geral da Administração do Território (IGAT), para que inicie uma averiguação.
(...)
Do ponto de vista penal, as "insinuações" do autarca podem não ter relevância suficiente, mas moralmente já há quem o condene "Se tem provas do que afirma, deveria tê-las apresentado já às autoridades; se não tem, deveria calar-se", opina o professor Germano Marques da Silva.
E porque será que o autarca não fala em nomes? Será tão difícil de adivinhar nesta sociedade de meias-verdades e de poderes paralelos?
Palavras vistas à lupa
O Ministério Público vai averiguar a eventual existência de matéria com relevância criminal nas declarações do vereador do Urbanismo da Câmara Municipal do Porto, Paulo Morais, cuja entrevista à revista "Visão", publicada ontem, justificou instruções "imediatas" do secretário de Estado adjunto e da Administração Local à Inspecção-Geral da Administração do Território (IGAT), para que inicie uma averiguação.
(...)
Do ponto de vista penal, as "insinuações" do autarca podem não ter relevância suficiente, mas moralmente já há quem o condene "Se tem provas do que afirma, deveria tê-las apresentado já às autoridades; se não tem, deveria calar-se", opina o professor Germano Marques da Silva.
E porque será que o autarca não fala em nomes? Será tão difícil de adivinhar nesta sociedade de meias-verdades e de poderes paralelos?
O faz de conta e deixa correr
JN
Procuradoria investiga denúncias
promiscuidade Vereador da Câmara do Porto denuncia pressões políticas no Urbanismo Oposição e Associação de Municípios exigem esclarecimentos
(...)
Em entrevista à revista "Visão", Paulo Morais falou da "promiscuidade entre diversas forças políticas, dirigentes partidários, famosos escritórios de advogados e certos grupos empresariais".
Considerando-se um "resistente" às pressões "de todo o tipo e de todos os lados", o vereador deixa no ar a ideia de que o seu afastamento pode tornar o pelouro do Urbanismo mais permeável a influências ilegítimas. É a interpretação dos partidos da Oposição e da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), que exigem explicações ao vereador e ao presidente da autarquia. Ontem, nem Paulo Morais nem Rui Rio quiseram prestar declarações sobre a entrevista.
Nas páginas da "Visão", o número dois da Câmara do Porto generaliza a existência de corrupção nas autarquias, ataca os vereadores do Urbanismo e os partidos, financiados por quem quer tirar contrapartidas.
Paulo Morais que, segundo consta, já é rico e não precisa de luvas como tantos outros que se fazem de virgens inocentes, pôs a boca no trombone. Num universo onde quase todos fazem de cegos, surdos e mudos, por medo ou por conivência, tenta-se dar algum sensacionalismo a uma situação por demais falada, bastando ouvir conversas de café.
Veja-se ainda o que tem dito e escrito Maria José Morgado.
Procuradoria investiga denúncias
promiscuidade Vereador da Câmara do Porto denuncia pressões políticas no Urbanismo Oposição e Associação de Municípios exigem esclarecimentos
(...)
Em entrevista à revista "Visão", Paulo Morais falou da "promiscuidade entre diversas forças políticas, dirigentes partidários, famosos escritórios de advogados e certos grupos empresariais".
Considerando-se um "resistente" às pressões "de todo o tipo e de todos os lados", o vereador deixa no ar a ideia de que o seu afastamento pode tornar o pelouro do Urbanismo mais permeável a influências ilegítimas. É a interpretação dos partidos da Oposição e da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), que exigem explicações ao vereador e ao presidente da autarquia. Ontem, nem Paulo Morais nem Rui Rio quiseram prestar declarações sobre a entrevista.
Nas páginas da "Visão", o número dois da Câmara do Porto generaliza a existência de corrupção nas autarquias, ataca os vereadores do Urbanismo e os partidos, financiados por quem quer tirar contrapartidas.
Paulo Morais que, segundo consta, já é rico e não precisa de luvas como tantos outros que se fazem de virgens inocentes, pôs a boca no trombone. Num universo onde quase todos fazem de cegos, surdos e mudos, por medo ou por conivência, tenta-se dar algum sensacionalismo a uma situação por demais falada, bastando ouvir conversas de café.
Veja-se ainda o que tem dito e escrito Maria José Morgado.
quinta-feira, agosto 25, 2005
De boas ideias estão as gavetas cheias
O Primeiro de Janeiro"
Boas ideias” apoiadas
As “boas ideias” dos empresários portugueses vão ser concretizadas. A garantia foi ontem dada pelo primeiro-ministro, que assumiu o seu empenho pessoal na matéria. Sócrates reconhece a falta de condições mas diz que este é um período já no “vale da morte”.
Agora é que vamos ver mais automóveis de luxo.
Boas ideias” apoiadas
As “boas ideias” dos empresários portugueses vão ser concretizadas. A garantia foi ontem dada pelo primeiro-ministro, que assumiu o seu empenho pessoal na matéria. Sócrates reconhece a falta de condições mas diz que este é um período já no “vale da morte”.
Agora é que vamos ver mais automóveis de luxo.
Um exemplo a seguir
JN
Escolas polacas sem Coca-Cola já em Setembro
A Coca-Cola vai retirar os seus refrigerantes das escolas do ensino básico polaco, substituindo-os por garrafas de água e sumos de fruta, devido aos receios públicos em relação à obesidade infantil, anunciou ontem a empresa.
Escolas polacas sem Coca-Cola já em Setembro
A Coca-Cola vai retirar os seus refrigerantes das escolas do ensino básico polaco, substituindo-os por garrafas de água e sumos de fruta, devido aos receios públicos em relação à obesidade infantil, anunciou ontem a empresa.
Divertimentos modernos
De acordo com as notícias, rapazotes divertem-se a assalta pessoas de idade nos combóios entre Faro e Tavira e deslocam-se para as discotecas da zona sem pagar bilhete todos os fins de semana. Bons resultados do sistema educativo e prenúncio do alastrar da selva nesta sociedade.
Valores desaparecidos sem rasto
No "Expresso" de 20-08, Henrique Monteiro escreve:
Amizade e traição
"A ética pessoal e a lealdade não têm que ficar arredadas da vida política"
E por onde andarão esses valores tão afastados da vida política? Darão algum lucro como a construção civil?
Amizade e traição
"A ética pessoal e a lealdade não têm que ficar arredadas da vida política"
E por onde andarão esses valores tão afastados da vida política? Darão algum lucro como a construção civil?
Visaõ estratégica do futuro da Tribulandia
Pelo terceiro ano consecutivo o país continua a não estar preparado para o combate aos incêndios. Para além dos condicionalismos próprios de um povo descuidado e pouco diligente, os governos têm atacado os incêndios com declarações de circunstância e deslocações rápidas aos locais das tragédias para impressionar chinês. Apuramos assim que a principal culpa é das condições climatéricas, do vento que sopra demais e claro dos governos anteriores. A situação não justifica a declaração de calmidade pública mas talvez justifique a declaração de imbecilidade colectiva. Será que estarão a pensar fazer ao país o que os alemães previam para Paris, durante a retirada? Ou será que como Nero esperam vir a construir um país novo sobre as cinzas?
O tempo se encarrega de tudo
No "Expresso de 20-8-2005:
Andar pelas estradas do concelho de Mação é ver aldeias quase desertas onde a mata cresce até à porta das casas.
(...)
"Em 1950 tínhamos 26 mil habitantes, 22 mil dos quais eram agricultores, e 60 mil cabeças de gado. Hoje temos 8 mil habitantes, nenhum é agricultor a tempo inteiro e cinco mil cabras.", conta o vereador Louro. A desertificação foi aproveitada pela floresta. E os que herdaram terrenos dos pais agricultores, apreciaram as árvores que pareciam não dar trabalho e eram uma espécie de seguro de reforma. "Um dia haviam de dar alguma coisa", diz Eurico Diogo. Mas o tempo provou que estaseria uma opção dramática para a floresta portuguesa. Tal como as matas dste emigrante da Suiça, muitas arderam por falta de cuidados.
Mais um retrato dos resultados da desertificação rural, da invasão das cidades que se julga serem a "civilização" e do deixa andar que os benefícios vêm aí sem trabalhar, seja da CEE ou do decorrer do tempo.
Andar pelas estradas do concelho de Mação é ver aldeias quase desertas onde a mata cresce até à porta das casas.
(...)
"Em 1950 tínhamos 26 mil habitantes, 22 mil dos quais eram agricultores, e 60 mil cabeças de gado. Hoje temos 8 mil habitantes, nenhum é agricultor a tempo inteiro e cinco mil cabras.", conta o vereador Louro. A desertificação foi aproveitada pela floresta. E os que herdaram terrenos dos pais agricultores, apreciaram as árvores que pareciam não dar trabalho e eram uma espécie de seguro de reforma. "Um dia haviam de dar alguma coisa", diz Eurico Diogo. Mas o tempo provou que estaseria uma opção dramática para a floresta portuguesa. Tal como as matas dste emigrante da Suiça, muitas arderam por falta de cuidados.
Mais um retrato dos resultados da desertificação rural, da invasão das cidades que se julga serem a "civilização" e do deixa andar que os benefícios vêm aí sem trabalhar, seja da CEE ou do decorrer do tempo.
terça-feira, agosto 16, 2005
A sociedade que só aceita juventude
No "Público" de hoje:
Pensões Absorverão Mais de 13 Por Cento do PIB em 2020
"Nos cálculos de uma firma de consultadoria, os encargos do Estado português com pensões de velhice vão atingir os 13,1 por cento do PIB em 2020. Os efeitos do envelhecimento da população são onerosos em toda a Europa mas Portugal é dos países onde o impacte se sentirá mais cedo."
Que preocupação como o que vai acontecer em 2020! Claro que estes problemas não surgiriam se as pessoas morressem mais cedo... Mas que tragédia!
Pensões Absorverão Mais de 13 Por Cento do PIB em 2020
"Nos cálculos de uma firma de consultadoria, os encargos do Estado português com pensões de velhice vão atingir os 13,1 por cento do PIB em 2020. Os efeitos do envelhecimento da população são onerosos em toda a Europa mas Portugal é dos países onde o impacte se sentirá mais cedo."
Que preocupação como o que vai acontecer em 2020! Claro que estes problemas não surgiriam se as pessoas morressem mais cedo... Mas que tragédia!
A cantar se elevam as almas
Como todo o mundo canta as maravilhas das tecnologias da informação, não entendemos muito bem porque foi necessário o Bono e os U2 virem a Portugal para os nossos compatriotas tomarem conhecimento da miséria que grassa em África. E o entusiasmo que tal notícia despertou? Tanta alma boa! Esperemos que um dia os seus cantos não sejam por nós.
Férias com safari
Pois, caros companheiros da blogosfera, ausentamo-nos por uns tempos para reflexão sobre a vidinha neste canto à beira mar plantado. Aceitamos um convite de um soba africano nosso leitor e lá fomos de safari para África. Não tivemos o prazer de acompanhar a excitante vida deste país pela televisão que é coisa que não existe por lá, felizmente. De regresso, não nos admiramos nem com os fogos nem com as candidaturas a supremos magistrados. Sempre o mesmo disco. O soba nosso amigo, de nome Democratikus achou que a nossa democracia é muito divertida e que o facto de também estarmos de tanga nos irmanava. A grande diferença é que, como eles ainda são um pouco primitivos, quando algum ministro passa por lá a dizer balelas ele o oferecem em sacrifício à sua deusa da ilusão, o mesmo acontecendo com os deputados. Lá lhe explicámos que, por cá, tudo funciona ao contrário: são sempre os cidadãos a serem sacrificados. Achou que era uma injustiça e aconselhou-nos a inverter a situação. Respondemos que não é possível porque fazemos parte da Europa civilizada. Rezamos a todos os santos para que o nosso querido primeiro, que parece andava por perto, não fizesse algum desvio. Era uma grande perda para o futuro do choque tecnológico.
E, cumulados de atenções, lá nos despedimos com saudade, prometendo voltar no próximo ano, de o ministro dos impostos nos deixar algum euro no bolso para viagens.
E, cumulados de atenções, lá nos despedimos com saudade, prometendo voltar no próximo ano, de o ministro dos impostos nos deixar algum euro no bolso para viagens.
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