domingo, junho 19, 2005

Quando a ignorância e a boçalidade imperam

A condecoração da Catarina Furtado e a mediatização da morte de Álvaro Cunhal revelam bem o desconserto de uma sociedade que vive de ilusões e sobretudo de imagens. Perdidos entre a necessidade de obtenção de subsídios europeus para a manutenção de um estado de marasmo gastador e as alegrias efémeras do campeonato de futebol, o país não tem projecto em várias áreas e, alegremente, não cria condições para a saída do lamaçal económico e moral. Os espertos batem palmas e devem já ter reservas no estrangeiro para os tempos que virão a ajudaram a criar. Tudo vão vendendo, em nome da globalização, para disfarçarem a ausência de iniciativa e de ambição. Alguns sonharão até entregar a governação a uma entidade europeia qualquer; livres de responsabilidades, poderão andar a passear a sua ignorância pelos torneios de golf. Os que ficarem que trabalhem e sejam escravos de um trust qualquer. Camões não será mais do que um objecto de leilão.

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