sábado, junho 25, 2005
O baile dos incompetentes
Tentando dar um sinal positivo à economia da Tribulandia, o presidente de todos nós tem visitado diversas empresas, algumas aparentemente de verdadeiro sucesso. Animado, fala do excesso de crédito ao consumo e da insuficiência da actuação das capitais de risco. Levanta-se uma ligeira tormenta: aos bancos não lhes compete assumir o capital de risco e já muito fazem eles, dizem. No dia seguinte, já o presidente vem dizer que as pessoas têm direito a ter automóvel e televisões, a crédito presumimos. Isto de irritar o sector financeiro tem muito que se lhe diga. Para quem conhecer o panorama empresarialdo país fácil é ver que as empresas, na sua maioria, não têm capitais próprios adequados e que, normalmente, só navegam em mercados facilitados por forte expansão. Em época de crise é o que se vê. A juntar a isto toda uma série de factores negativos, entre os quais, a confusão entre património empresarial e património pessoal, falta de imaginação e amparo dos poderes públicos. Uma verdadeira salgalhada que dá como resultado salários baixos e apertos de cinto mais ou menos patrióticos. Bem precisávamos de empresas de capital de risco a sério e de um mercado de capitais mais desenvolvido, mas temos que nos contentar com os professores cobradores de impostos e com a abdicação, mais, ou menos generalizada, da competição internacional.Todos os rios levam a Espanha, talvez mesmo a nacionalidade.
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