O governo baixa o IVA em 1% esperando palmas e elogios sem fim. Esquecem-se sempre dos aumentos anteriores bem mais substanciais, esquecem-se do aumento descarado do IRS, do congelamento dos salários dos funcionários públicos, da degradação dos cuidados de saúde, do desemprego provocado pelo desconcerto da política económica. Como dizia o outro, falam, falam e não dizem nada. Mas toca de preparar uma campanhazita política sem desagradar aos donos de Bruxelas.
Esperam ainda que a selecção de futebol ganhe o Mundial para que o povo esqueça todos os sacrifícios provocados pelo seu (e dos anteriores) despesismo sem fim. Automatizaram um povo, no doce embalar do consumismo e do egoísmo sem fim. Todos podem ser ricos sem trabalhar mas apenas alguns amigalhaços lá chegam. Ao fim e ao cabo a política rege-se pelas estratégias do Scolari, o tal que descobriu a árvore das patacas no cantinho à beira mar plantado. Seguem-se os presidentes dos clubes como ajudantes à missa. Sim, porque a ignorância de muitos tansos ajuda a tudo isto. Pensam que o Benfica ainda é o do tempo do Eusébio e esquecem-se que é um templo de negócios escuros. Aparvalhados por supermercados que só têm porcarias para entusiasmar a vista do parolo, gastando no que não precisam, comprando televisores que não cabem nas salas, dando telemóveis e outros gadjets que pouco enriquecem a vida,
esperam que os seus filhos sejam todos Ronaldos a pontapear a bola. A felicidade ao virar da esquina, tal euromilhões generalizado. Santa inocência.
A acompanhar tudo isto, uma série de gnomos comentadores de TV, falsos intelectuais, cuja verbe apenas serve para sustentar o status quo.
O rei vai nu...
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