sexta-feira, março 21, 2008

Páscoa da nossa tristeza

Páscoa. Ovos e ramos. Alguns nem vêm flores nem ramos. Vêm os dias passar sem alteração nas suas vidas monótonas, tristes e pobres. Sempre foi assim, dizem agora os novos burgueses viajantes de Caraíbas e dos Brasia. Aviões lotados. Um pouco de sol para os lagartos do dia dia. Na verdade, eles são so afilhados do novo sistema de redistribuição que funciona do avesso. Apanhados entre a ignorância e a miséria, os que numca viajam a não ser nos passeios das juntas de freguesia, resignam-se nos bairros camarários ou de lata esperando que algo mude para melhor. Só que a maioria já apagou os registos da consciência e os seus risos não são de felicidade mas de autênticos alarves inconscientes. Um onda de estupidez, disfarçada de modernidade, torna os homens em objectos para gozo e satisfação dos eleitos dos fariseus. Assim, a Páscoa vem apenas simular algum espírito de humanismo sem substracto. É a economia, estúpido! Tudo se vende e tudo se compra, mesmo que não sejam amêndoas.

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