sábado, março 15, 2008

A Primavera salazarenta

Houve uma manifestação de professores. Finalmente, cidadãos organizaram-se, independentemente, das máquinas partidárias e sindicais para demonstrarem ao "desgoverno" suchialista que algo vai podre no reino. Na ausência de qualquer oposição de jeito (se uns nos esfolam, outros preparam-se para nos esfolar) a classe mais atingida veio para a rua mostrar o seu descontentamento. Não faltaram as intimidações e as insinuações para desprestigiar o acto. Juntaram-se 100.000 em Lisboa e mostraram ao ditadorzinho de calcinhas de seda o seu descontentamento. Solução? Organizar uma contra-manifestação, mobilizando os funcionários do partido e demais lacaios (estes com algum tachito numa secretaria de junta de freguesia), alugando caminhetas para os transportar até ao Pavuilhão do Académico, no Porto. Polícia por todo o lado a lembrar o antigamente. Coisa digna de ser vista. O cheiro bafiento dos modernos donos e senhores do povo aí está, pestilando o ar. O Almeida dos Cantos dizia na rádio que tanto podia vir como não vir mas veio. Dizia ainda que um que não tinha vindo era um grande poeta. Daí que a poesia do Almeida é outra. A dos favores e do rastejar. Aí estão eles os da mãozinha e da rosa para nos tentarem enganar de novo.

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