Ultimamente tem sido grande o interesse da população quanto às matérias do Direito e da Justiça. A corrida às livrarias tem condicionado o trânsito, já de si malfadado pelos buracos existentes, e livros como o Código do Direito Penal, Código do Processo, Código Civil, estão, simplesmente, esgotados. Consta até que, mesmo o Código Comercial corre o risco de desaparecer das estantes...As conversas normais do dia a dia estão pejadas de termos como arguído, tramitação, segredo de justiça, acesso ao processo, juiz que anda de mota, juiz que faz ginástica, inocentes e mesmo os telediários não perdem oportunidade de nos fazer refectir sobre a temática da Justiça. Um amigo meu até me disse que eram melhores do que o Big Brother mas custa-me a crer, dada a cultura que me invade quando estou no meu sofá apreciando a Juquinhas a falar com a mãezinha (chorando de alegria!!!), o Tonecas a tentar ir para a cama da Serafina, o pai dela a dizer que ela se segura (duvido) e, sobretudo, os momentos deliciosos de ternura quando tomam banho juntos...Cheguei até a assinar o canal privado mas a minha mulher não me quer a saber mais do que ela.
Mas voltemos à Justiça. Parece que a estátua que de olhos vendados a representa, tirou a venda e pôs-se a olhar para onde não devia. Eu sempre julguei desde pequeno que a venda era para não distinguir ninguém mas o meu barbeiro explicou-me que era para não ver certas coisas... Fiquei banzado. Ele também me disse que a espada era para uns e a balança para pesar outras coisas... E andei eu tantos anos a estragar a vista a estudar Direito na escola e o pouco que fiquei a saber ainda me faz, agora, mais ignorante. Vai daí, é preciso reformar a Justiça. E eu que pensava que a Justiça era um valor absoluto, impossível de alcançar. Malditos filósofos.
Toda a gente percebe agora de leis e isso não me parece bem com a falta de emprego que existe para os recém licenciados. Alguns locutores interrogam ilustres juristas mas mesmo depois de eles, cabalmente, terem elucidado os humildes espectadores ainda aparecem perguntas como: - Mas mesmo assim, não se terá enganado o juiz a decidir? E mesmo que se prove alguma coisa não será que o arguído estará inocente?
Será que os julgamentos terão tendência para ser feitos na TV e depois os espectadores votam se é inocente ou culpado, segundo a orientação dos entrevistadores??? Os feios e antipáticos (não colunáveis) que se cuidem.
Alguns dizem que os juizes andam só a atrapalhar o progresso (?), atacando pessoas tão simpáticas e que alguns deles se deviam limitar a julgar pequenos delitos, coisas assim como multas de estacionamento, roubos de porta-moedas e parecidos. Aliás, não se compreende que um juiz use calças de ganga e ande de mota. Era o que mais faltava...
Esses juizes deviam ser condenados a participar num talk-show, a desvendar toda a sua vida pessoal e se não satisfizessem a curiosidade da malta eram enviados para locais como o Polo Norte para refectirem.
Eu, cá por mim não vou em cantigas e por causa das coisas, continuo a pensar que são os mais sérios. Assim, pelo menos durmo sem insónias.
Até mais ver. Não me esqueci do nomeado para o Nobel (Dizamen) mas ando fraco de massas e as fontes de informação estão cada vez mais exigentes.
Conselho do dia- Se quando o automóvel que para ao seu lado não for um Jaguar como o o seu, mostre a sua mais carrancuda cara para
lhe expressar todo o seu triunfo na vida e a admiração que ele lhe deve. Você merece.
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