sábado, julho 30, 2011

Uma falsa justificação para desbaratar bens públicos

Hoje vimos Lidia Jorge numa entrevista na TV. A dada altura e falando deste nosso país e da Europa, ela comparou-a a uma centopeia com pernas muito diferentes em tamanho. Achamos interessante por nos parecer a a União Europeia se parece mais com um polvo, onde as pernas fraquitas como a Irlanda, a Grécia e A Tribulandia são as mais tenras para cortar. Desde logo, pela imposição de privatização de empresas ou participações públicas como a EDP, a Galp, os Correios ou a ANA. Empresas que foram constituídas com capitais do Estado e certamente com grande parte de impostos. São lucrativas? Então há que as entregar a particulares para eles encherem os bolsos à custa de gerações anteriores. Dão prejuízo? Tira-se as partes que são rentáveis, privatizam-se e conserva-se as partes que dão prejuízo. Um clássico já conhecido do ramo da Economia Política virada para benefício de alguns e prejuízo de todos. Pouco interessa se são estratégicas ou essenciais à sobrevivência do povo.
Claro q ue o maior crime e disparate virá quando privatizarem a água, coisa que muitos governos liberais não se atreveram a fazer. Podem até vir a pensar em privatizar o ar. Quem sabe?
Alguns aprendizes de feiticeiro advogam que serão melhor geridas. Claro que serão, pois os que por lá andam a mandar , normalmente são medidos pelo critério da competência do cartão de militante do respectivo partido. Mas pela lógica nada aponta que assim seja para os verdadeiros gestores profissionais. Falta ainda saber que critérios de venda serão utilizados, mesmo financeiros. Será que serão comparados os preços actuais com os cash-flows gerados e a gerar no futuro?
Serão certamente pechinchas os preços porque os verdadeiros investidores foram o povo com os impostos e como consumidores com os preços pagos de monopólio.
E será que haverá concorrência, outro dos famosos argumentos? Tem-se verificado que se formam oligopólios com os preços combinados entre eles,sendo a Autoridade para a Concorrência nada mais do de um verbo de encher. Assim sendo mais um roubo legalizado aos interesses da população da Tribulandia. E a procissão segue contente.

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