DN
A democracia volátil
Vicente Jorge Silva
Jornalista
(...)
Enquanto os americanos se preparam para as eleições do próximo dia 7, na Europa a crise de confiança na democracia representativa está cada vez mais na ordem do dia. Em França, Ségolène Royal pretende combater essa crise institucionalizando a participação permanente dos eleitores na avaliação dos eleitos e, em resposta, Dominique de Villepin propõe-se abrir os conselhos de ministros às câmaras de televisão. Pense-se o que se pensar dessas ideias, elas são um sintoma do mal-estar e do desencanto do eleitorado em relação a um mundo político opaco, autista e marginal ao controlo democrático (como é, por exemplo, o caso da Comissão Europeia). Em Portugal, um Governo que ainda há menos de um mês exibia um invulnerável estado de graça começa a cair, aos trambolhões, nos favores de uma opinião volátil. Melhor dizendo: tão volátil como volátil se revelou, finalmente, a actuação do Governo.
Palavreado leva-o o vento...
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