JN
Os mortos abandonados que ninguém quer sepultar
Elsa Costa e Silva Rodrigo Saias
No ano passado, 128 corpos não foram reclamados pelas famílias. Este fenómeno dos cadáveres abandonados no Instituto Nacional de Medicina Legal (INML) intensificou-se face a 2004, que registou apenas 108 casos. Pessoas que morreram sem que a família tenha tomado conhecimento ou tenha querido reclamar o corpo. Anualmente, os casos sucedem-se e são muitas as pessoas - normalmente toxicodependentes, sem-abrigo ou imigrantes ilegais - que, ao fim de um mês sem sinal dos familiares, acabam por ter o funeral a cargo das câmaras municipais.
Assim vão os sinais de humanismo nesta sociedade decadente...
1 comentário:
Cada vez mais assistimos ao desapego familiar e à modernização do conceito de família. Somos família enquanto preciso do teu dinheiro, depois... logo se vê.
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