sexta-feira, outubro 31, 2008

A democracia dos palhaços

Um fenómeno muito interessante de verificar é que a legalidade na Tribulandia é imposta por escroques. Nascidos de fétidos ventres, convertidos do estalinismo, depressa decoraram os slogans do politicamente correcto e se arvoraram em defensores da "democracia" de barriga cheia para uns e miséria para a maioria. Como aliados, encontraram, rapidamente uma série de espertos que mamando na teta do orçamento e nos subsídios desviados da UE se transformaram em seus patronos e amos. Ficou a liberdade de falar mas com o grave risco de não arranjar emprego sem o cartão do partido. E todos se arranjam quer sejam de esquerda quer sejam de direita, se isto ainda tem algum significado. O país afunda-se em dívidas, as empresas abrem falência, os velhos são roubados nas suas reformas com impostos que não lembram ao diabo, há centenas de milhares sem qualquer tipo de assistência médica, a educação ficou uma palhaçada mediática e para estatística europeia ver, as telenovelas e o futebol encarregam-se do resto. Scolari foi embora mas deixou a virgem para nos acudir, os pedófilos pavoneiam-se e os transexuais viram vedetas. Maior porcaria seria difícil de imaginar pelo próprio Belzebu, senhor das Moscas. Isto para lembrar que as moscas mudam mas a merda é sempre a mesma. Já nos esquecíamos de falar do último progresso: o Magalhaes para quem não sabe nada das TIC.

segunda-feira, outubro 27, 2008

Beleza brasileira


Daniela Sarahyba

A democracia existe?

P: ¿Cree usted que la democracia existe? ¿La ha visto usted?

R: La formal, al menos, sí. Claro que existe. Pero, ¿quien puede creerse a estas alturas que el pueblo es soberano? ¿Que pasaría con los ejércitos si fueran los pueblos los que adjudicasen los presupuestos a los militares? Pues seguramente serían mucho más reducidos. Un sistema como el español, con listas cerradas y mayoría absoluta en el gobierno, no es una verdadera democracia. Es tan sólo una democracia formal. Es una democracia autoritaria. Pero no quiero decir que esto sea así sólo en España. ¿Como se hace un presidente de los Estados Unidos? Pues a fuerza de dinero para la campaña. Luego ese presidente deberá devolver el favor a los que le dejaron todo ese dinero. A los que apostaron por él. Y eso no es democracia. Pero sí creo que podría articularse un sistema más democrático. La democracia puede reinventarse, no es algo terminado. Si por ejemplo cada contribuyente pudiese determinar el destino del dinero que paga con la declaración de hacienda, si por ejemplo cada ciudadano pudiese elegir el destino de un 40% de sus impuestos, se conseguiría que en lugar de una vez cada cuatro años los ciudadanos votaran una vez al año, y de un modo mucho más directo. Es en los presupuestos donde se hace la verdadera política. Dar al pueblo la capacidad de decisión sobre en qué se va a gastar el dinero seria aumentar la democracia, hacerla más verdadera.
Jose Luis Sampedro

Ainda há economistas decentes ao contrário de tanto serventuário deste pequeno país à beira mar plantado...

Quando Estaline inspira "democratas"

O governo da Tribulandia está cheio de estalinistas convertidos em neosocialistas da treta. Só que agora não perseguem o futuro igualitário nem os radiosos amanhãs mas sim o equilíbrio orçamental que pode deixar todos de tanga mas orgulhosos da inactividade gerada. A economia estagna (qual Cuba ou Sudão), o desemprego aumenta, a saúde piora, a educação é uma miragem de Magalhaes, os impostos não olham a meios para sangrar quem ainda tem algum dinheiro e são discursos e mais discursos de um europeísmo vazio e cheio de servilismo. Oa amigalhaços enchem os bolsos e quando se retiram da política preenchem lugares chorudos na actividade pública ou privada. O mundo para eles é uma maravilha. Alguns nem precisaram de frequentar as Universidades para serem doutores! O reino da incompetência baixou à terra. Chamam a isto democracia... Eles lá sabem porquê. Agora até o Ministro das Finanças manda ler os emails dos funcionários... Quando chegará a repressão física?

domingo, outubro 26, 2008

Ainda há bons tachos na Europa

É sempre muito educativo ver as reportagens sobre o parlamento europeu, sede da maior burocracia mundial. Aparece sempre um deputado de cada partido, bem vestidinho, cheio de sentenças balofas e de postas de pescada. Se pouco sabíamos sobre o assunto ficamos ainda pior. Parece que foram escolhidos a dedo. Aqueles lugares são uma espécie de reforma dourada para incompetentes sem fronteiras. E ainda nós não vislumbramos os que não aparecem mas enchem todos os edifícios da UE para elaborar regulamentos e exportar cera. E claro, não faltarão os filhos, os sobrinhos, as primas, as amigas e os amigalhaços de peito todos a comer do orçamento europeu. De vez em quando até convidam amigos para visitarem o cenáculo passarem uns dias em Bruxelas. Santa vida.

Há sempre um lobo mau à espera das nossas poupanças


nicholsoncartoons

Há sempre quem queira tapar o sol com a peneira

Na "Única" que acompanha o "Expresso" desta semana, João Pereira Coutinho citando Dennis Sewell descobre a pólvora ao invocar que foi na administração Clinton que ideias absurdas(?) de inclusão social pressionaram a banca a alterar as regras de prudência na concessão de crédito para que os mais pobres pudessem ter casa! Daí, após uma série de deduções palermas chega à brilhante conclusão que a crise financeira que o mundo atravessa deriva dessa política! Enfim, os coitados dos bancos quiseram ajudar o governo americano a dar casas aos pobres e eis o resultado! Assim, em vez de condenar a gestão ruinosa dos bancos transformados em casinos para lucros de muitos, especialmente os gestores, Pereira Coutinho transfere para os políticos (Clinton, claro está!) a responsabilidade da crise do sistema. Além da ignorância em matéria económica e financeira o articulista revela uma habilidosa maneira de passar uma esponja ou uma escova de sapatos nos pobrezinhos banqueiros. Achamos que deveria ler o Finantial Times, pelo menos, para aprender alguma coisa.

terça-feira, outubro 21, 2008

Quando faz geito a diferenciação ideológica

Vital Moreira escreve no Causa Nossa:

"Os Republicanos cortaram nos impostos dos ricos e nas despesas sociais. Os Democratas querem aumentar os impostos sobre os ricos para poderem financiar mais despesas sociais (incluindo o apoio ao seguro de saúde dos pobres).
Quem é que disse que nos Estados Unidos não faz sentido a luta entre a direita e a esquerda?"


É caso para lhe perguntar se em Portugal a mesma questão faz sentido. É tão bom saborear os prazeres do neo-liberalismo-socialista e dizer-se intelectualmente de esquerda. Assim se enganam os tolos com papas e bolos. Isto para não lhe chamar outra coisa.

segunda-feira, outubro 20, 2008

A memória fica apenas na pedra


Fasterdix

A curta memória dos democratas de pacotilha

Em tempos, Paulo Portas, ministro da Defesa lá conseguiu meia dúzia de euros para atribuir umas pensões de miséria aos combatentes da antiga guerra colonial. A palavra pátria estava banida do léxico dos "democratas" barrigudos e lá deixaram passar a decisão. Muitos regressaram sem condições para trabalhar, muitos foram prejudicados na sua vida profissional e, aleijados ou com doenças psicológicas, foram como sempre deixados à sua sorte. A memória é curta mas também foi à custa de muita luta desses militares que aconteceu o 25 de Abril. Só que os novos cristãos convertidos da política, bem instalados na vida à custa da banha da cobra, não queriam passar por saudosistas e como agora o orçamento está apertado, a seguir ao roubo que fizeram aos reformados, vão reduzir esses magros euros para os ex-combatentes. Para já não falar da sua sem-vergonha em tantos casos evidentes, esta atitude denota os mais baixos sentimentos e falta de sentido das responsabilidades. Claro que desta corja já nada mais resta a esperar de decente, e assim se regista mais uma indecorosa e podre atitude. Pode ser que a História os venha a recompensar...

quinta-feira, outubro 16, 2008

As meias soluções da crise


nicholsoncartoons

O segredo é alma da crise

Eles lá estão na TV: Silva Lopes, Macedo e Rendeiro. Discussão: crise. Que mais haveria de ser. Falam de regulação, da sua necessidade e de seus perigos. De menos ou demais. Macedo muito preocupado com o excesso de regulação do sistema financeiro que tão boa conta tem dados das nossa poupanças. Preocupado ainda com a palavra nacionalização (restos de um 25 de Abril para esquecer mas que lhes deu a oportunidade de saírem do buraco). Rendeiro explicando que os contribuintes vão ficar beneficiados com a injecção dos seus impostos nos bancos desfalcados e cheios de lixo tóxico! Claro que o dinheiro dos contribuintes serve para tapar buracos mas não serve para tirar o bolo aos que se desmandaram.. Silva Lopes, o mais esclarecido e decente intelectualmente, lá vai dizendo que o risco é elevado e que o prémio atribuído ao dinheiro emprestado se fosse atractivo não deixaria de interessar aos privados. A jornalista lá tenta levantar questões de coerência. Em vão. Estes senhores têm sempre umas palavrinhas no bolso para enrolar o cidadão. Empregam palavras difíceis mas explicam pouco. O segredo é a alma do negócio. É evidente que o jogo irá voltar ao normal, meia dúzia a puxarem os cordelinhos, os empregados políticos a passarem manteiga nos cidadãos e os de sempre a pagarem a crise.

segunda-feira, outubro 13, 2008

O paraíso socratiano/cavaquista

De boas intenções está o inferno cheio

O Presidente Cavaco aparece sempre cheio de recados abstractos e sem qualquer objectividade. Preocupado com as empresas, com a crise e com as famílias carenciadas vai debitando um discurso inócuo que não menciona responsáveis nem abre caminho a novas políticas. Fica bem com a sua consciência, tem o aplauso da Maria e vai dormir descansado no palácio. Dizem que se dirige ao governos e a seguir o primeiro-ministro diz estar inteiramente de acordo com o dito. Gostou muito de ver as vacas a ordenhar e achou os modelos do show da moda com caras bonitas. Acha que o IRC deve descer mas nem toca no IRS. Está claro quem vai pagar a crise: os de sempre, os contribuintes trabalhadores por conta de outrém. Com presidentes assim não há nação que sobreviva.

Ajudar os pobrezinhos


nicholsoncartoons

domingo, outubro 12, 2008

O fascismo latente

Segundo li no "El País", Christian Abbiati, guarda-redes do Milão sempre foi fascista em privado mas agora deu à luz algumas dicas sobre as suas eleições políticas. Recusa as leis radicais e a aliança de Mussolini com Hitler mas partilha dos ideais da pátria, religião católica e ordem. Por outro lado, Buffon, da Juventus foi denunciado pela comunidade judia e Cannavaro fez ondular uma bandeira fascista. Buffon usava a camisola 88 que remete para o famigerado Hitler e disse que não sabia mas logo a seguir escreveu numa camisola o slogan de Mussolini "Boia chi molla" (para a guilhotina quem se renda). Parece, inclusivé, que já não existe qualquer travão e muito menos sanção para que se exibam desta maneira. Ponta de um iceberg? Na verdade, como condutores de multidões para a alienação e pagos como divas de uma estranha religião estes novos ídolos do Circo de Roma (alastrado à UE) representam bem esta democracia podre que só mantém dos princípios o nome. Roubos por todo o lado, depois legalizados, riquezas ilícitas, miséria crescente, levam a sociedade a esquecer o que é convivência sã e preparam o terreno para piores tempos. Aqui fica o aviso para os incautos que acreditam na palavra vazia dos políticos actuais e esquecem que as mesmas pode ser o início de futuros mais sombrios.

sexta-feira, outubro 10, 2008

Poderia estar falando de Portugal...

A doença de Sócrates

Diario Digital

Crise aumentou procura de consultas de psiquiatria

«A procura de consultas psiquiátricas tornou-se mais aguda com a crise social», disse hoje à Lusa Jorge Bouças, director do serviço de psiquiatria do Hospital de Gaia.
Os problemas de saúde mental têm registado um aumento ao longo dos anos o que faz com que «um em cada quatro pessoas tenha um problema de saúde mental», disse Jorge Bouças.
A depressão é a quarta doença com maior prevalência no mundo, sendo que 121 milhões de pessoas sofrem desta patologia.
Em Portugal, 30 a 40 por cento da população sofre de perturbações mentais e depressivas.


E com tendência para aumentar com os discursos da próxima campanha eleitoral...

Um ex-arauto das vantagens dos produtos tóxicos

Diario Digital

À deriva
Luís Delgado

A Europa (e Portugal) finalmente começou a perceber que a crise financeira não é apenas um problema americano, e que os produtos tóxicos estão espalhados por todo o mundo, por força da globalização. A Europa e Portugal já aceitaram que a catástrofe financeira se transformou num terramoto económico, a todos os níveis e envolvendo todos os sectores, e que é necessário um plano de emergência transversal.

Não havendo dinheiro não há actividade económica, e isso tem um final dramático: os bancos paralisam, as empresas grandes e pequenas tornam-se incapazes de resolver as suas obrigações e necessidades, o desemprego sobe, as famílias tornam-se insolventes e a agitação social dispara. Convém, por isso, que os Governos não olhem só para o sistema financeiro. Isso foi apenas o princípio…


A memória é curta e pelos vistos o saber também é pouco...

Os novos pobres e a nova acção social

JN

Banqueiros espanhóis pediram 100 mil milhões de euros ao governo

A banca espanhola pediu esta semana ao primeiro-ministro uma injecção de 100 mil milhões de euros para responder ao problema de liquidez e responder à dívida que se vence até finais de 2009, revela hoje a imprensa espanhola.
O pedido foi formulado por responsáveis de bancos e caixas de aforro que se reuniram na segunda-feira com o primeiro-ministro, José Luís Rodríguez Zapatero, a quem informaram de que a dívida que se vence até ao final do próximo ano ascende a 94 mil milhões de euros.
Nesse encontro, e segundo o jornal ABC, os banqueiros informaram que a banca espanhola serve de intermediário para a injecção anual de 100 mil milhões de euros (10 por cento do PIB) através de empréstimos ao exterior.


Aqui está o resultado do incentivo ao consumo desmesurado...

A roda


nicholsoncartoons

quinta-feira, outubro 09, 2008

As vantagens do neo-liberalismo

Por todo o lado a banca treme e arrasta consigo um colossal stress do mercado de valores. De repente, a liquidez desapareceu. Para onde terá ido? Esfumou-se? Foi tão grande a asneira e a pouca vergonha que parece que os activos são virtuais. E não terá havido quem lucrasse com essas negociatas voláteis? Os governos, até aqui defensores da privatização geral, de tudo e de todos, viraram intervencionistas. Agora já não tem importância o défice. Necessário é tapar a má gestão que deu lugar a este estado de coisas. E, espanto dos espantos vemos a Inglaterra a nacionalizar, a Alemanha a injectar dinheiro e por aí adiante. A grande mistificação financeira perdeu oxigénio e deixou de respirar.
Todos os sábios relatam o acontecido mas não sabem o que fazer para restabelecer a confiança dos cidadãos. Pudera, gato escaldado de água fria tem medo. Mas não adianta fugir a este esquema montado; se não for de forma voluntária será forçada pois para isso existem os impostos para nos sugar o sangue.
Finalmente, também descobriram que a crise financeira afecta a economia real: a dos que produzem alguma coisa. Desorientados mas governados baixam a taxa de juro e injectam meios líquidos. A inflacção deixa de ser papão. E as "comodities" sobem. A favor de quem?
Alguns pedem mais regulação. Regular a aldrabice? Uma nova era se avizinha.
E quando a economia recuperar quem vai lucrar? Os mesmos que a puseram em crise.
Já agora, o que andam a estudar nas universidades os sábios que mandam bocas na televisão? Não seria melhor aprenderem jardinagem nos cursos de maiores de 23? Pelo menos teríamos os jardins melhor tratados.