Quadra de festas. Raízes profundas levam-nos à festa da paz e da amizade pelo próximo, mesmo que rodeados de um consumerismo feroz que nos atordoa e nos faz sentir isolados no meio do egoísmo. Festa das crianças, festa por realizar para muitas. Mais carros do que pessoas nas ruas, mais telefonemas por móvel do que conversas amenas. Mais buzinadelas do que sorrisos ou simpatias momentâneas. A despersonalização atingiu, praticamente, o auge. Pelo meio, diversos candidatos tentam convencer-nos de uma salvação próxima como se, alguma vez. esta classe de políticos pensou outra coisa que não fosse a conquista do poder pelo poder ou o exercício de uma retórica vazia de conteúdo e de ideais, num contexto onde as principais responsabilidades são suas. Tudo em nome de um sistema que se esgota na onda gigantesca da globalização. Os pobres e deserdados continuarão sem Natal a não ser na memória de alguns. Os recursos continuarão a ser desbaratados até que tudo seja mais escasso. Cristo, certamente fugindo das igrejas, contempla as amplas crucificações que vão correndo mundo.
Num plano mais restricto, o Estado prepara-se para impor novos sacrifícios aos cidadãos, invadir a sua privacidade e sujeitar a maioria a ditaduras “soft” derivadas dos votos obtidos. Tudo em nome da igualdade, da liberdade e dos grandes princípios.
Paz a todos os homens de boa vontade que no interior do seu coração não esqueceram os princípios éticos e morais dos seus antepassados. Desejos de um mundo diferente para todos os sacrificados.
O pensamento continuará a ser livre. Talvez Deus se lembre de nós.
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