terça-feira, junho 29, 2010

Os três comentadores desportivos da SIC Notícias

Hoje, perdemos um bocado de tempo ouvindo os comentários desportivos dos comentadores da SIC José Guilherme Aguiar, Dias Ferreira e Silvio Cervan no "Dia seguinte" que mais parece o dia naterior. Falaram do campeonato do mundo de futebol da àfrica do Sul 2010, das perspectivas da selecção nacional e das arbritagens, entre outros. O jogo é sempre o mesmo: uma mascarada de sabedoria futebolística com a pretensa "ingenuidade" da crítica das arbitragens, da transparência e dos meios electrónicos para a "verdade desportiva". Claro está que, nas entrelinhas, logo se percebem as alusões ao caracter enganador e mafioso que está metido no futebol e,se por um lado lembram a necessidade de alterações por outro se verifica que "vivem" dos mesmos enganos e trafulhices, embora se apresentem de fato e gravata.
Nós entendemos que para além das longas horas de futebol em directo seja ainda necessário ter estes comentadores para encenar melhor a procura da tal verdade desportiva. Todos eles são de uma mediocridade absoluta e pavoneiam-se no ecran pequeno como autoridades em matéria de táctica, fair-play e adivinhos do futuro para além dum patriotismo barato e senil.
Não chegamos ao fim porque enjoamos. Nem sabemos bem porquê empregamos tempo neste programa. Masoquismo nacional? Restos de salazarismo caduco? Quem sabe? Só a "Bola" e o "Record" poderão esclarecer.
Vídeo:Sábado

domingo, junho 27, 2010

A beleza simples


Wineblat Eugene

A formatação das mentalidades

Sem dúvida alguma, vivemos uma época em que a formatação da maneira de pensar atingiu o seu auge, mercê dos meios tecnológicos, sobretudo audio-visuais, e consegue alinhar os comportamentos de grande parte da sociedade em diversas matérias, desde a política até ao espectáculo desportivo (sobretudo o futebol), transformado em altar de novos deuses que nos impulsionam para a irracionalidade e descontrolo emocional.
Fala-se de uma crise económica e financeira como se se tratasse de algo inevitável e transcendente derivada de circunstâncias alheias aos poderes instiuídos e que as populações têm que pagar através dos impostos e da redução de rendimentos, sobretudo do trabalho e ainda da redução dos cuidados de saúde e da educação. Por outro lado, a máquina de intoxicação colectiva continua a injectar modelos de vida totalmente desfasados da realidade, imbuindo muitos de ideais de consumo e opulência que só existem para alguns. A crise é real para a maioria mas a alienação é total também.
Veja-se o que acontece com o campeonato do mundo de futebol que paralisa países em horário laboral. Veja-se pessoas adultas nos cafés e bares, vestidos da maneira mais estranha, aos gritos e a soprar vuvuzelas como se fossem crianças de jardim infantil. Alguém em Portugal sabia o que era uma vuvuzela antes da campanha publicitária? Mulheres adultas enlouquecidas pelas pernas e peitorais do Cristiano Ronaldo, promovido a símbolo sexual, aguardam horas e horas junto do hotel para o verem ao longe. Aliás para alimentar esta histeria colectiva, consta-se que as mulheres espampanantes que o acompanham são pagas para tal, criando uma figura de macho irresístivel e, claro, ajudando a vender os produtos que ele publicita.
Todos estes ganham milhões pagos indirectamente pelas populações no consumo dos productos que englobam sempre uma percentagem para a publicidade. Este endeusamento serve na verdade para ilusionar quem nunca ganhará a milésima parte daqueles rendimentos e, se calhar, flutua no mercado de trabalho ao sabor do emprego d curta duração.
A democracia que tanto enche a boca dos políticos, a maioria ignorantes habilidosos que fazem carreira sem outro esforço que não seja a sabujice, é na verdade formal e pouco a pouco se torna um regime totalitário onde a polícia política foi substiuída pela persuasão da propaganda e da continuação da política da manutenção da ignorância colectiva. Muitas vozes como o prémio Nobel Krugman se levantam contra uma política económica de desastre social que, na verdade, nada mais pretende do que eliminar uma parte da população e submeter a restante a condições de vida de miséria e de sujeição às condições laborais que beneficiem os detentores do poder económico. De uma maneira geral, vamos como os bois para o matadouro, entretidos a observar um monitor de televisão.
Haverá alguma solução? Acreditamos que sim pois a história demonstra que acontecerá algo que destruirá esta vivência ilusória de felicidade no caos.