sexta-feira, abril 04, 2008

A ingratidão do país que as fez sonhar

Vieram do Brasil. Sonharam que Portugal era uma espécie de pátria-mãe. Afinal, falavam português, sentiam o cheiro e a saudade das caravelas ou do avô que, sem fazer fortuna, tinha feito filhos e criado netos. A vida era dificil nalguns locais e a Europa parecia um sonho. Melhorar de vida, enfim. Chegaram para junto de "amigos" ou "amigas" que pareciam estar bem. Gastas as parcas economias, as que eram bonitas e jovens acabaram por se deixar tentar por um dar um espectáculo de strip ou por entreter em boites solitáris casados ou não mas todos muito carentes de beleza e de afectos. Recorrer a quem? O SEF em vez de ajudar, persegue. Recambiadas, o sonho fica desfeito. Eis o panorama da sonhada Europa. Outras, exploradas nem conseguem retornar. Fica apenas um rasto de beleza enquanto são jovens e não endurecem com a "pancada" suportada. Discriminadas em qualquer lugar são ao mesmo tempo objecto de inveja e de sensação de superioridade balofa. Assim, dando um tom de sabor tropical, acabam na noite corrompendo o corpo e a alma. Esquecemo-nos até que são seres humanos. Deixamos para trás a tradição de hospitalidade mas continuamos querendo tirar benefício da terra que as viu nascer. Algum inferno decorre desta fingida tradição cristã. Será que já pensaram um pouco na ignomínia que isto representa?

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